Vertentes para trabalhar a Indústria 4.0
01/10/2018
Entrar na dinâmica da indústria 4.0 e começar a dar os passos rumo às novas tecnologias é mais do que uma opção. É uma necessidade para quem quiser estar no mercado profissional – seja empreendendo ou trabalhando – nos próximos anos. No Mato Grosso do Sul, indústrias e profissionais de diferentes setores têm buscado ajuda e encontrado dois tipos de suporte: o da informação, para entender todos os conceitos da quarta revolução industrial; e o da qualificação, com cursos e workshops para preparar os profissionais para as novas necessidades.
Tudo está sendo feito com o suporte do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). De lá, professores qualificados para ministrarem cursos sobre o assunto levam o tema e os desafios para dentro das empresas. Depois de passar por um ano de resistência quanto às novas tecnologias, as indústrias do estado do Mato Grosso do Sul começam a abrir as portas para as novas tecnologias.
Segundo o diretor-regional do SENAI-MS, Rodolpho Caesar Mangialardo, 2018 está sendo um ano para digerir as informações. -O pessoal assusta por não ter muito conhecimento, não ter muita literatura traduzida, e aí a gente está fazendo esse apoio para tentar traduzir essa mensagem técnica para uma linguagem mais específica das indústrias para que, eles entendendo, possam investir de forma mais assertiva- explica o diretor.
A Indústria 4.0 resulta da incorporação, em larga escala, de tecnologias digitais à produção industrial. Ela vem transformando a forma como se produz, com novos processos, produtos e modelos de negócios que há pouco tempo não era cogitado. Além disso, promete tornar os modelos convencionais de produção gradualmente ineficientes, o que força o setor produtivo a incorporar as novas tecnologias o quanto antes, como mostra o estudo da CNI, o Propostas para as eleições 2018 – Indústria 4.0 e Digitalização da Economia.
De acordo com o material, enviado aos candidatos à presidência da República como forma de estimular o debate nos próximos quatro anos, as principais nações industrializadas têm inserido o desenvolvimento da indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial para preservar e aumentar a competitividade dentro do setor produtivo. Especialistas garantem que os impactos irão muito além de ganhos de produtividade no chão de fábrica.
A incorporação das novas tecnologias demanda mais do que informação e qualificação, como aponta o diretor-regional do estado. Segundo Rodolpho, há uma necessidade de mudança cultural. -Qualquer gestor, hoje, com esse aporte da indústria 4.0, tem todas as condições de ter todos os dados de produção, de custo, de consumo da empresa, de matéria-prima, de forma online. Pode pegar no smartphone, tablet, computador, indicar e até tomar decisões de acordo com os dados que você está vendo online- afirma.
Hoje, com soluções simples, como auxílio de sensores, dentro da etapa de manufatura enxuta, os gestores podem ter resultados expressivos, como uma fábrica mais limpa, com condição de produção mais organizada e com menos desperdícios. -É muito cultural e isso impacta também na modernização da economia. Que é um dos estímulos da indústria 4.0. Estamos fomentando todos esses links de maneira eletrônica, sensores, e cada vez mais unido na modernização tecnológica da indústria- finaliza Rodolpho.
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